sábado, 25 de junho de 2016

Vitrolinha feminista #1: Pitty

Ser mulher no mundo, meu amigo e minha amiga, não é fácil não. Sempre sendo julgadas mais pela aparência do que pelo talento ou competência, as mulheres, historicamente, são colocadas em um patamar abaixo do homem. Quando um homem se destaca em algo, com certeza teve uma mulher que fez a mesma coisa de forma igual ou melhor e não teve nem metade do reconhecimento do cara (vide Neymar>>>>> Marta). E isso acontece em todas as profissões, áreas do conhecimento... enfim, tudo na vida (vide mãe solteira x pai solteiro, assunto pra um próximo post). É por isso que, além de lutar diariamente pra mudar esse quadro machista ridículo, eu criei uma sessão aqui no blog pra falar e destacar as mulheres da música que eu admiro e que eu acho que você, garotinho ou garotinha, deveria ouvir e se já ouve, ouvir mais.
A primeira vitrolinha é sobre uma mina que eu passei muito tempo sem curtir, mas hoje eu adoro e acho foda: a Pitty. E ela é a primeira a aparecer aqui porque dia 17 saiu esse clipe lindo com essa versão sensacional:


Eu me lembro até hoje da primeira vez que ouvi “Teto de Vidro” e depois corri pra comprar o “Admirável chip novo”, primeiro CD dela.  Foi muito legal ter uma referência feminina no rock (e eu nem sabia o que era ter uma referência feminina e muito menos da importância que é se sentir representada) depois de tanto ouvir bandas lideradas e formadas por meninos. Mas o tempo passou, eu comecei a ouvir outras coisas e acabei me distanciando da Pitty (sinto que a gente é migs) e confesso que até hoje acho o segundo álbum bem chatinho, mas pra você que não conhece muito da carreira dela, eu indico que escute todos os álbuns de estúdio na sequência (e quando você chegar no último, meu amor, VAI SER UM TIROO!): dá pra sentir em cada álbum um crescimento pessoal da compositora, crescimento com o qual me identifico muito, especialmente no assunto que está no nome dessa sessão: feminismo. Pitty disse para a revista TPM, que sempre lutou contra a submissão feminina, mas nunca soube que isso era feminismo. Também contou que pra se proteger do machismo na cena hardcore, na adolescência se comportava de uma maneira mais masculina, mas depois percebeu que o que ela queria não era ser um homem, e sim ter a liberdade de um. A música "Desconstruindo Amélia", do 3º álbum, é um hino feminista pra mim.


Atualmente a Pitty, além de tweetar coisas maravilhosas, está organizando o material para um novo DVD, enquanto espera seu primeiro bebê. Estamos ansiosos (pelo DVD e pelo bebê)!
retirada do facebook.

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